Abaixo posto um poema que a tradutora,poeta e acima de tudo minha amiga, Bebel Mendonça enviou-me, pedindo para mudar o que achasse necessário. Como não vi necessidade de mudar nada (achei belíssimo), decidi dar o título e incluir uma segunda parte.
USE-ME
Não,não atente para o que digo
capte nas entrelinhas do meu silêncio,
meu mais capcioso silêncio,
é sempre ele que fala por mim.
Não,não atente par o que digo,
veja o que faço
o que tenho feito
e o que deixo de fazer.
Não,não atente para o que digo.
veja pra onde levam meus passos.
Palavras são de dizer, intencionais ou não.
Palavras ficam ou vão
se dissipam no tempo
que me interessa é o ato
esse sim é perene
indelével
a palavra é de todos
o sentimento é de umsó
um unicamente.
Sim, use-me em ti
Objeto direto
Abstração do concreto
Língua e lábios,
Labirinto, palavras.
Use-me
Até que eu perca os sentidos
Os cinco
Cínicos
Oníricos, Lirismo gestual
Use-me sem sentido
Sentindo
E eu uso-te são
tesão.
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2 comentários:
O texto-poema de Bebel é boa reflexão. Vale trazer outros para o blog.
paz e bem
Leandro
Amei a sua segunda parte, deu uma releitura e profundidade aos devaneios de Isadora Mens Insana (a outra ...) rs
Voc� captou uma ess�ncia que nem eu tinha me dado conta...
beijo
Bebel
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